Antes que fique claro, esta lista surgiu a partir de uma série de vídeo de um dos meus críticos de cinema, dentro do mundo do terror ( Getro.com.br)

Se você é uma das que elas pessoas que procuram filmes sinistros, perturbadores e assustadores que abordam o lado mais obscuro dos filmes sobre bruxaria e ocultismo, eis aqui uma lista com cinco ótimos filmes sobre ocultismo e bruxaria para você assistir o mês do Halloween. Para aproveitar o clima de mês das bruxas, o famoso Halloween, comemorado nos países essencialmente de língua inglesa, como Estados Unidos, Canadá, Irlanda e Reino Unido, fizemos uma lista com 5 filmes associados ao ocultismo com práticas de feitiçaria, recheados de paganismo que se você ainda não assistiu, deveria. Aproveite a dica!

E vamos as regras. Destes filmes mencionados no video, eu segui 3 regras básicas
a) O filme têm que ser terror ou suspense com características do próprio terror.
b) O filme precisa ser sobre bruxa. Não vale apenas ser uma menção, ou se utilizar sobre ela.
c) O filme têm que se rotular ao ocultismo: se utilizar de rituais de magia para contar sua história.

Midsommar – O Mal Não Espera a Noite ( Midsommar,2019)

Mesmo que eu não curta tanto o segundo longa-metragem do talentosíssimo cineastra Ari Aster( Beaul Is Afraid,2023 e Hereditário), aqui em Midssomar, Ari Aster se utiliza de um tipo de premissa ao horror folclórico, principalmente bebendo de fontes como O homem de Palha de Palha ( The Wicker Man,1973), e conta a história Dani ( Florence Pugh), que após vivenciar uma tragédia pessoal familiar, vai com o namorado Christian (Jack Reynor) e um grupo de amigos até a Suécia para participar de um festival local de verão. Mas, ao invés das férias tranquilas com a qual todos sonhavam, o grupo se depara com rituais bizarros de uma adoração pagã.

Midsommar é um projeto interessante que fala sobre luto, o diferente, e como tais elementos narrativas complementam o longa. O filme que tinha um orçamento de 10 milhões, conseguiu faturar, em média, 41,084,036 milhões de doláres nas bilheterias mundiais.

A permance supinpa de Florence Pugh, a fotografia bem equilibrada, o jogo de camêras, a trilha impactante e o terror no dia é prova que este segundo longa-metragem de Ari Aster mostrou que o diretor é competente, não só mostrando que entende do gênero, mas que conseguiu provocar tais emoções ao telespectador. Só não curto muito algumas coisas que o longa vai elaborando, principalmente algumas atuações. Mas, pra quem gostou dos projetos em curtas metragens, vai curtir bastante esse longa de Ari Aster.

A DOCE BRUXA (The Love Witch,2016)

A ousadia e as caricaturas proposta por essa produção me chamam muito a atenção.

“The Love Witch” é um filme de terror e comédia dramática dirigido e escrito por Anna Biller. Lançado em 2016, o filme é uma homenagem aos filmes de terror e suspense dos anos 1960 e 1970, com uma estética visual vibrante e uma trama envolvente.
A história acompanha Elaine, uma bruxa moderna que se muda para uma pequena cidade em busca de um amor verdadeiro. Ela utiliza poções de amor e magia para conquistar os homens, mas acaba provocando consequências trágicas. Enquanto Elaine explora seu poder feminino e sua sexualidade, o filme aborda temas como feminismo, identidade feminina e o papel da mulher na sociedade.


“The Love Witch” foi aclamado pela crítica por sua estética visual cuidadosamente elaborada, com cores vibrantes e uma estética retro que remete aos filmes da época em que se inspira. Anna Biller não apenas dirigiu o filme, mas também cuidou da direção de arte, figurino e design de produção, criando uma atmosfera visualmente impactante.
Samantha Robinson interpreta o papel principal de Elaine, entregando uma performance cativante e enigmática. O filme é conhecido por seu estilo teatral, diálogos deliberadamente exagerados e uma trama que mescla elementos de comédia, terror e drama de maneira única.


“The Love Witch” recebeu elogios por sua abordagem original ao gênero de terror, explorando a figura da bruxa e sua relação com o amor e a sexualidade. O filme se destaca por sua crítica sutil à sociedade patriarcal e sua representação de uma mulher empoderada que usa magia como uma forma de controlar sua própria vida.
Em resumo, “The Love Witch” é um filme fascinante e visualmente deslumbrante que combina elementos de terror, comédia e drama. Com sua estética retro e abordagem original, o filme oferece uma visão única do poder feminino e da bruxaria moderna.

Starry Eyes (2014)

Dos mesmo diretores do patífico remake de ‘O Cemitério Maldito’, “Starry Eyes” é um filme de terror psicológico lançado em 2014, dirigido por Kevin Kölsch e Dennis Widmyer. O filme segue a história de Sarah, uma jovem aspirante a atriz que luta para realizar seus sonhos em Hollywood. Ela enfrenta a pressão e a exploração da indústria do entretenimento, levando-a a fazer um pacto sombrio que traz consequências devastadoras.

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A trama de “Starry Eyes” mergulha nos aspectos obscuros do show business, explorando temas como a ambição desmedida, a busca pela fama e os sacrifícios necessários para alcançar o sucesso. Conforme Sarah se entrega cada vez mais à busca pela perfeição e ao desejo de ser reconhecida, ela se depara com uma força sobrenatural e sinistra que testa seus limites.
O filme é conhecido por sua atmosfera sombria, que lentamente se transforma em um pesadelo perturbador. “Starry Eyes” combina elementos de terror corporal, psicológico e sobrenatural para criar uma narrativa intensa e angustiante. As cenas gráficas e impactantes contribuem para a sensação de desconforto e horror ao longo do filme.


A atuação de Alex Essoe no papel principal de Sarah é amplamente elogiada, com sua jornada emocional e transformação física cativando os espectadores. O filme também apresenta um elenco talentoso, incluindo Amanda Fuller, Noah Segan e Fabianne Therese.
“Starry Eyes” recebeu críticas positivas por sua originalidade, abordagem ousada e comentários satíricos sobre a indústria do entretenimento. O filme oferece uma visão sombria e perturbadora do preço da fama, explorando o lado obscuro dos sonhos de Hollywood.


Em resumo, “Starry Eyes” é um filme de terror psicológico que mergulha nos perigos da ambição desmedida e da busca pela fama em Hollywood. Com sua atmosfera sombria e cenas gráficas, o filme oferece uma experiência angustiante e inquietante, cativando os espectadores até o final.

Filme bastante interessante e reflexivo, com imagens que você não dormirá nunca, sem ao menos pensar nelas.

A chave Mestra ( 2005)

A Chave Mestre (Skeleton Key,2005) é um filme de suspense e terror estadunidense de 2005, dirigido por Iain Softley, com roteiro de Ehren Kruger( Top Gun Maverick e Pânico 3).

Na trama, Caroline aceita trabalhar como enfermeira para um casal de deficientes que vive em uma estranha mansão em Nova Orleans. Após encontrar objetos misteriosos, ela começa a desvendar o passado sinistro do casal.

A chave Mestra, ou no original Skeleton Key é um filme que mistura gêneros, em especial o suspense, e terror sobrenatural e se utiliza ao ponto da protagonista ir descobrindo tais segredos envolvendo uma religião, e a bruxaria, em especial desta mesma religião era algo inusitado. O final é bem construído, embora ache que poderia ser bem mais aproveitado por parte do roteiro, principalmente.

A imponente mansão onde se desenrola a narrativa serve como um microcosmo dos segredos obscuros e das forças ocultas que dominam os personagens. Seus corredores labirínticos, cômodos sombrios e objetos antigos carregam um ar de mistério e decadência, refletindo o estado psicológico dos personagens e os segredos que eles guardam a sete chaves.

O filme apresenta diversas referências religiosas e místicas, como a cruz invertida, bonecos vodu e rituais vodu. Esses elementos criam uma atmosfera de tensão e suspense, sugerindo a presença de forças malignas que influenciam os personagens e os eventos da história. A fé e a superstição se entrelaçam, criando um ambiente onde o natural se confunde com o sobrenatural.

O final desse filme é coisa de maluco. Assistam.

Hellbender(2020)

Hoje em dia, Hollywwod vive uma nova tendência, o surgimento de cineastras caseiros, e isso que uma família, sem nada a fazer, John Adams, Zelda Adams e Toby Poser fizeram em 2020. Com um controle primordial, um cuidado ao não ter erros amadores, Hellbender (2020) é um terrorzão experimental lançado em 2020( disponível no Youtube).

Na trama, Izzy e sua mãe vivem uma existência simples e pacífica na floresta, passando a maior parte do tempo criando música metal . Depois de um encontro casual com um adolescente misterioso, Izzy começa a descobrir a história sombria de sua família e suas conexões com a bruxaria . Seu relacionamento com a mãe se torna cada vez mais tenso enquanto ela lida com as revelações mais sombrias sobre seu próprio interesse pela magia.

Mesmo que esse não seje um projeto com grandes atributos autorais, Hellbender consegue fazer um terror misturando o psicológico e o sobrenatural se entrelacarem entre si, e as atuações são muito boas, principalmente quando o filme cria seus conflitos, e como a coisa vai ficando mais estranha quando o lado sobrenatural envolvendo a bruxaria é colocado em cena.

Também o filme explora a relação entre mãe e filha, com segredos do passado vindo à tona e causando conflitos. A protagonista precisa lidar com o legado familiar e a possibilidade de seguir seu próprio caminho, algo que não é bem desenvolvido, mas dá pra passar um pano.

DRAG ME TO HELL (Arraste-me para o inferno,2009)

Em 2009, o mestre do horror Sam Raimi( da ótima e, talvez uma das melhores franquias de terror de todos os tempos, EvilDead e Homem Aranha) nos presenteou com Arraste-me para o Inferno, um filme que resgata elementos clássicos do gênero e os combina com maestria, entregando uma experiência arrepiante e memorável. A trama gira em torno de Christine Brown (Alison Lohman), uma ambiciosa analista de crédito que, em busca de uma promoção, nega a prorrogação de um empréstimo à misteriosa Sra. Ganush (Lorna Raver). Como vingança, a senhora amaldiçoa Christine, condenando-a a ter sua alma arrastada para o inferno por um demônio demoníaco.

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O grande trunfo de Arraste-me para o Inferno reside na sua capacidade de criar uma atmosfera genuinamente assustadora. Raimi utiliza com maestria técnicas clássicas do terror, como jump scares, sons dissonantes e uma trilha sonora impecável, para manter o público em constante estado de tensão. O diretor também demonstra criatividade na construção das sequências de terror, utilizando elementos inesperados e visuais grotescos para chocar e perturbar o espectador.

Arraste-me para o Inferno não se limita a ser apenas um filme de terror. Raimi também explora temas como ambição, culpa e redenção, conferindo à história uma camada de profundidade que a enriquece. A protagonista, Christine, é retratada como uma personagem complexa e moralmente ambígua, o que torna sua jornada ainda mais envolvente.

As atuações também são um ponto forte do filme. Alison Lohman entrega uma performance convincente e comovente como a aterrorizada Christine, enquanto Lorna Raver compõe uma figura assustadora e memorável como a Sra. Ganush. O restante do elenco, incluindo Justin Long e Dileep Rao, também contribui para a qualidade da produção.

Arraste-me para o Inferno é um filme obrigatório para os fãs do gênero terror. Com sua atmosfera assustadora, história envolvente e personagens memoráveis, o filme se consagra como um clássico moderno do terror, capaz de aterrorizar e entreter o público por muitos anos.

THE LORDS OF SALEM ( As Senhoras de Salém,2019)

Existem filmes de diretores que não sabem em como fazer um bom filme, porém Rob Zombie ( do remake pavoroso de Halloween) conseguiu entregar um filme arrepiante misturando ocultismo, satanismo e bruxaria.

Estrelado por Sheri Moon Zombie, Jeff Daniel Phillips e Judy Greer, “As Senhoras de Salem” é um filme de terror psicológico que mergulha em um turbilhão de alucinações, bruxaria e paranoia.

A trama acompanha Heidi (Sheri Moon Zombie), uma DJ de rádio que recebe um misterioso disco de vinil vintage. Ao tocá-lo, ela é tomada por estranhas visões e pesadelos que a levam a questionar sua sanidade. Em meio a isso, a cidade de Salem é tomada por uma histeria coletiva, com mulheres sendo acusadas de bruxaria.

O diretor Rob Zombie constrói uma atmosfera densa e sombria, utilizando elementos psicodélicos e distorções visuais para criar um efeito hipnótico e perturbador. A trilha sonora, composta pelo próprio Zombie, é um elemento crucial para a imersão do espectador, com músicas pesadas e psicodélicas que amplificam a sensação de horror e desorientação.

Sheri Moon Zombie entrega uma performance memorável como Heidi, capturando com maestria a fragilidade mental e o terror que a personagem experimenta. Jeff Daniel Phillips e Judy Greer também se destacam em seus papéis, compondo um elenco sólido e convincente.

“As Senhoras de Salém” não é um filme para todos os gostos. Sua narrativa lenta e experimental, com longas sequências de alucinações e simbolismos, pode ser cansativa para alguns espectadores. No entanto, para aqueles que apreciam o gênero de terror psicológico e buscam uma experiência sensorial única e perturbadora, o filme é uma recomendação certeira.

Alucarda’ (1977)

Em 1977, o cineasta mexicano Juan López Moctezuma lançou Alucarda(disponível no Youtube com péssima resolução), um filme de terror gótico que se tornou um marco cult do cinema latino-americano. Mais do que sustos e monstros, Alucarda tece uma narrativa complexa e perturbadora sobre repressão sexual, religiosidade e o despertar do desejo feminino em um ambiente hostil.

Apesar de ser uma produção mexicana, o filme foi rodado em inglês. Internacionalmente, foi lançado com vários títulos alternativos, incluindo Innocents from Hell e Sisters of Satan . O filme tem sido notado por estudiosos do cinema por seus temas relativos à tradição nacional versus modernidade, bem como as tensões entre ciência e religião, e os fracassos de ambas.

Por causa de sua representação de freiras em situações sobrenaturais emocionalmente intensificadas, o filme foi associado ao gênero nunsploitation, que é um subgênero dos filmes de exploitation que teve seu auge na Europa na década de 1970.

Esses filmes geralmente envolvem freiras cristãs (Nuns, em inglês) que vivem em conventos durante a Idade Média. O principal conflito da história é geralmente de natureza religiosa ou sexual, como opressão religiosa ou supressão sexual por viver em celibato. O filme, pra época trazia fortíssima criticas sociais a igreja e a religião católica, mas também os efeitos práticos foram bem equilibrados, e apesar de esquecido, o filme vale muito a pena. O filme está disponível no Youtube tanto legendado e dublado. Dar uma conferida lá.

Muito obrigado caso você tem chegado aqui, até a próximo, e deixe um comentário quais você já assistiu e quais você mais gostou. Abraços!

By Don

Crítico, Nerd, Gamer que sabe que a verdade está lá fora. Viciado em séries, cinema e cultura pop em geral. Diretor de dois curtas metragens mas que hoje prefere atuar nos bastidores. Sonha em um dia visitar Hogwarts e o Condado e deseja que a força esteja sempre com você.

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