A prima do Batman no Arrowverse
Depois de anos de espera, finalmente temos uma nova série no Arrowverse com Batwoman. Mas será que essa adição ao universo compartilhado é realmente boa? Vamos descobrir.
Sinopse: Kate Kane, uma jovem lésbica, decide usar suas habilidades de combate para lutar contra o crime em Gotham City. Armada com seu senso de justiça e sem medo de falar o que pensa, Kate precisa enfrentar seus próprios demônios para se tornar um símbolo de esperança para os cidadãos de Gotham.
Um dos problemas mais evidentes da série é sua dificuldade em estabelecer uma identidade própria. Batwoman parece se apoiar demais no legado do Batman, o que impede a série de criar uma mitologia independente. A série carece de uma personalidade distinta, o que faz com que Gotham pareça uma versão genérica de si mesma, já vista em várias adaptações anteriores.
Ruby Rose, no papel de Kate Kane, se esforça, mas o roteiro não colabora, apresentando uma personagem que muitas vezes soa chata e autossuficiente de forma indulgente. Isso afeta o resto do elenco, que acaba não tendo muito espaço para brilhar, com exceção de alguns momentos pontuais.
No que diz respeito à narrativa, a série segue a fórmula padrão do Arrowverse, com episódios demais para uma trama que poderia ser mais concisa. A história se arrasta em alguns momentos, parecendo não saber ao certo que direção tomar ou que mensagem quer transmitir.
A versão de Gotham apresentada no Arrowverse não traz nenhuma novidade. A cidade parece uma reprodução genérica e sem alma, sem as complexidades ou o mistério que normalmente a caracterizam, tornando-se apenas mais um cenário clichê dentro do Arrowverse.
Batwoman tem potencial, mas sua primeira temporada tropeça ao se apoiar demais no legado do Batman e ao seguir uma fórmula desgastada. Falta originalidade e foco, deixando a sensação de que a série poderia ter sido muito mais do que foi entregue.
Nota: 3/10
