Uma atriz que superou tudo e todos, para entrar na história!!!
Quando Shelley Duvall foi escalada para interpretar Wendy Torrance em “O Iluminado” (1980), de Stanley Kubrick, o filme que avancalaria sua carreira e a tornaria mais famosa, sendo de longe o filme mais popular que ela já fez — mas, quem diria que até a sua morte seria a que mais a atormentaria.
Duvall, morreu na última quinta feira 11 de julho aos 75 anos, ela passou uma década interpretando excêntricas vibrantes nos filmes de Robert Altman (e caso você pense que “excêntrico” soa pejorativo, nunca houve nada pejorativo nisso quando Shelley Duvall interpretava uma). Ela também chamou a atenção em sua participação especial em “Annie Hall” como uma repórter da Rolling Stone que namora Alvy Singer e diz: “Sexo com você é realmente uma experiência kafakiana”.
Duvall foi muito mais do que o caos que foi em O Iluminado aonde Kubrick a fez refazer uma cena mais de 128 vezes.
Mas mesmo assim em “O Iluminado”, Duvall, com sua voz de pena e feições radiantes de uma boneca, foi repentinamente chamada para encarnar a essência da normalidade. E ela fez isso como se tivesse nascido para isso. Ela interpretou Wendy com cabelos pretos longos e lisos, atenuando seu sotaque natural do Texas para algo que soasse mais neutro e do Centro-Oeste juntando a sua personalidade, sendo apenas uma mulher do interior que lutava pela sua familia.
Mas mesmo com os surtos de Jack, com ele a culpando e Duvall entregando tudo com sua fisialidade, é quando Wendy, segurando aquele bastão, confronta seu marido lunático, seu rosto e corpo estão contorcem em um terror lacrimoso, mesmo fazendo essa cena 127 vezes, Duvall como artista refletiu tudo o que o personagem estava passando. Afinal Duvall era uma grande artista.
E obras como Annie Hall, O Iluminado e Popeye, mostram que essa artista merece tudo e o mundo e um reconhecimento maior do que ela já tem, descanse em paz.
