A tão aguardada sequência é inacreditável, sem sentido e só pela nostalgia..

A tão aguardada sequência do ótimo Caça fantasma: Mais Além(2021), chegou aos cinemas recentemente, e mesmo com um orçamento maior de 100 milhões USD, já que o seu antecessor teve uma receita de apenas 75 m,ilhões USD, digamos que vemos os gastos ali e aqui, principalmente na parte de efeitos visuais do filme.

A trama vai acompanhar a família Spengler retorna ao icônico quartel de Nova York, onde os Caça-Fantasmas originais atuaram em seus anos de glória. Quando a descoberta de um artefato antigo desencadeia uma força maligna, novos e antigos Caça-Fantasmas precisam se unir para proteger seu lar e salvar o mundo de uma segunda era glacial.

Acredito que um dos principais problemas de analisar uma obra é quando você não se conecta bem com ela. Eu, particularmente, adorei Ghostbusters Afterlife, reboot da franquia Os Caça-Fantasma(1984), depois do fracasso de Ghostbusters(2016), protagonizada por Melissa MCarty, dirigido por Paul Feig, e estrelado também por Kristen Wiig, Kate McKinnon e Leslie Jones, um filme que custou 144 milhões USD (2016), sendo que este filme arrecadou apenas 229,1 milhões USD, e por mais que tenha se pagado, ainda foi um fracasso, já que o orçamento deveria bater 3x maior que o seu orçamento.

Mesmo que não compactue com a ideia de que mulheres não possam estarem em papéis de extremo destaque, o que já foi comprovado que existem sim projetos fenomenais que as mulheres mandam muito bem, não é Dona Barbie? Um dos motivos que me distanciaram naquela obra foi , talvez, o mesmo motivo do filme de hoje que analisaremos. Antes de mais nada, Ghostbusters Afterlife tinha uma coisa que fazia falta: a nostalgia feita de uma maneira inteligente, e principalmente como Jason Reitman, diretor de filmaços como Juno(2007), com Elliot Page, Tully(2017), com a atriz Charlize Theron, e Amor Sem Escalas(2009). A direção de Jason era ousada, inteligente, e mesmo com um terceiro ato bem água com açucar valeu muito apena.

E chegamos ao filme de hoje que traz de volta o elenco de afterlife e mistura com o elenco clássico, e traz uma trama com uma boa proposta a respeito dos caça fantasma enfrentarem uma misteriosa criatura capaz de congelas tudo o que toca, com isso dando a entender que o filme colocaria meio que uma nova era glacial, uma nova era do gelo. O próprio design de produção é capaz de recriar toda uma Nova York devastada com esse mal, apesar que, por exemplo, eu vejo que Caça Fantasma 5, assim o chamaria, têm os mesmo problemas que filmes recentes como Pânico VI(2023), Aranhaverso II(2023) e até Principe em Nova York II(2021), que está intrincada em um roteiro mal feito, mal escrito e não possui nenhuma grande ideia que sustente o filme.

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O maior problema desse filme são dois: O primeiro é o execesso de arcos desnecessários, afinal são 12 personagens que o diretor Gil Kenan quer desenvolver, e na cabeça dele, ele está fazendo estória, e um outro problema é o uso da nostalgia apenas para o marketing enganar o público. Inclusive, antes desse título Frozen Empire, Caça-fantasma V tinha o título de Ghostbusters Firehouse, e segundo informações, o filme se passaria realmente dentro do quartel dos caça fantasma originais. O que aqui esta ideia permanece, conceitualmente. Outro problema que eu imagino que possa ter me impedido de gostar do longa é a montagem. Cada cena, diálogo me parece ser feita pela metade. Não há sentido, nem envolvimento emocional. Existe também alguns acertos na maneira como a fotografia é composta, os cenários são bem feitos, os efeitos visuais são dislumbrantes, mas acho que são pontos que não soam como realmente pontos positivos.

Esse filme coloca, por exemplo, a Phoebe ( Mckenna Grace) em uma situação comum em Hollywood. Depois que ela, e os outros novos Caça-fantasma meio que destroem parte da cidade de Nova York, o prefeito a impede de ser uma Caça-fantasma, já que ela não tem a idade ideal pra isso, mas, esse roteiro é tão tchenga que, na outra cena, ela e o podcast(Logan Kim), que inclusive esse menino deu uma crescida que, Oh my god. Enfim, a outra cena eles estão sendo caça fantasma. Qual o sentido que os roteiristas querem propor? É muito estranho isso.

Inclusive essa premissa é um pouco parecida ao segundo filme da saga – ‘ Caça-fantasma II (1989), até por parte do prefeito da cidade. O roteiro e a direção desse Caça fantasma dá a entender que fizeram seus respectivos trabalhos separados e juntaram na produção, por quê é inadmissível.

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Outro ponto é que a Phoebe, meio que eu engolir essa problemática dela conversar com uma nova fantasma, o que permitiria que o texto trouxesse algum elemento mais simbólico a personagem. Inclusive a nova personagem, a fantasma, Melody(Emily Alyn Lind), irmã da atriz que fez a Lexy na série Chucky da Star+, Alyvia Alyn Lind. Acho que essas coisas ‘poderiam ser suficientemente interessantes se, tanto o roteiro, como a direção oferecem ou entregasse ideias realmente boas dentro da narrativa.

É o que eu disse ao decorrer dessa análise, a impressão é que o filme era pra ter, no mínimo 2h40, mas o estúdio apertou a produção e cortaram muitas coisas. As cenas são mal feitas, mal dirigidas. Tirando umas piadas que o roteiro usa como apenas easter-eggs, o filme parece estar desesperado pra não cair no campo daqueles filmes que vão fracassar miseravelmente. Eu repito, volto a repitir. Trabalhar com nostalgia é uma ótima opção, e existem provas recentes de como podem ser desenvolvidos ótimas ideias, e ótimos filmes.

Sendo bem sincero, Ghostbusters:Frozen Impire é um filme regular, têm alguns conceitos e acertos narrativos, mas é um filme vazio, sem nada a acrescentar, e sendo bem sincero, ele se torna um daqueles filmes que você vai assistir, mas na outra semana você vai esquecer de tudo o que viu. É um filme bem pobre em conteúdo. A não ser que você seje muito fã da franquia, mas mesmo assim, as pessoas que são fãs dos filmes e dos Ghostbusters, a decpeção é certeira.


E uma pena um filme não aproveitar o talento nato da Mckenna, um grande pecado mortal, gente.

Confira a crítica em vídeo:

https://www.youtube.com/watch?v=xRe5bGO6LWw&t=10s: Critica: ghostbusters Apocalipse do Gelo

Avaliação: 1.5 de 5.

By João Vitor

Resenhista, escritor, roteirista amador e apaixonado por cinema. Produzo conteúdos sobre entretimento e cultura pop desde 2019, e gosto de ler, assistir filmes antigos e fazer vídeos sobre cinema e séries de tv.

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