Um filme necessário
Durante a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, tivemos a oportunidade de assistir Corações Jovens, o novo filme LGBT dirigido por Anthony Schatteman. Mas será que é bom? Vamos descobrir.
Sinopse: Corações Jovens conta a história de Elias, um garoto de 13 anos, que se sente atraído pelo novo vizinho, Alexander. Logo, ele percebe estar apaixonado pela primeira vez. No entanto, suas interações com amigos e familiares trazem mais dúvidas e conflitos do que respostas. Confuso, Elias precisa lidar com os sentimentos que o dominam, buscando entender seu amor e talvez conquistar o coração de Alexander.
Anthony Schatteman entrega uma história necessária e universal, que qualquer jovem pode se ver refletido, trazendo uma narrativa que aquece o coração enquanto explora os desafios e descobertas do primeiro amor.
Lou Goossens brilha como Elias, transmitindo de forma tocante a inocência e a paixão do personagem enquanto se apaixona por Alexander, interpretado por Marius De Saeger, que também está excelente. A química entre os dois atores é palpável, fazendo o público torcer por eles a cada cena.
O roteiro é simples, mas, mesmo que siga os clichês esperados, ele encanta. A simplicidade e a pureza do amor entre os dois protagonistas evocam a familiaridade e a sensibilidade do cinema europeu, trazendo algo genuíno e realista.
A direção é despretensiosa, sem ambição de inovar; ainda assim, Schatteman imprime uma narrativa cativante e carinhosa, que reflete o amor presente na história. Cada plano parece pensado para enfatizar os sentimentos dos personagens, convidando o público a vivenciar as emoções junto a eles.
Conclusão: Corações Jovens faz jus ao título, trazendo um retrato sensível e necessário do primeiro amor. Um filme que é, ao mesmo tempo, simples e poderoso, e que oferece uma história essencial para todos que possam se reconhecer ali.
Nota: 8/10
