A primeira coisa que chama atenção é o visual. O filme é um prato cheio para quem ama atmosferas góticas, com castelos imponentes, florestas nebulosas e aldeias que parecem ter saídas de contos sombrios. Os efeitos especiais, embora hoje possam parecer um pouco datados em alguns momentos, foram incríveis para a época (2004) e ainda seguram bem o clima sobrenatural.
Hugh Jackman, como o protagonista Van Helsing, é um show à parte. Ele entrega um herói misterioso, destemido e, ao mesmo tempo, galante. Kate Beckinsale, por sua vez, interpreta Anna Valerious, uma personagem forte e corajosa. Ela rouba a cena com uma química perfeita ao lado de Jackman. Os dois formam uma dupla que faz você querer torcer por eles o tempo todo.
E não dá para esquecer dos vilões. Richard Roxburgh como Drácula é exagerado, teatral, mas é exatamente isso que faz dele tão memorável. Suas noivas vampiras também dão aquele toque de perigo sensual que combina com o universo do filme.
O que torna Van Helsing especial é a forma como ele junta várias lendas clássicas do terror: Drácula, lobisomens, Frankenstein… Tudo isso em um único enredo que, apesar de algumas liberdades criativas, consegue amarrar essas histórias de forma envolvente.
Claro, o filme tem seus exageros, mas isso faz parte do charme. Ele não se leva tão a sério, e talvez seja isso que o torna tão divertido. É como um parque de diversões cinematográfico: você sabe que está ali para se entreter e curtir a adrenalina.
Em suma, “Van Helsing” é uma ode ao cinema de monstros, com personagens carismáticos, uma estética deslumbrante e uma narrativa cheia de ação. Ele pode não ser uma perfeito, mas definitivamente é uma experiência divertida que vale a pena ser revisitada. Se você gosta de uma boa aventura recheada de criaturas sobrenaturais, este filme é uma ótima escolha.
Gladiador por natureza e letrado por dedicação. Um legítimo bon-vivant. Apaixonado pela vida em duas rodas, amante da sétima arte e um grande apreciador de todas as outras expressões artísticas.
