Ao contrário do original, aqui não há nada memorável…

Twisters, o novo filme dirigido por Lee Isaac Chung, estreou nos cinemas no dia 11 de julho. Com um orçamento de 200 milhões de dólares, o filme aposta no período de férias para alcançar o sucesso de bilheteria. Posicionando-se como uma “sequência independente” do filme Twister de 1996, o longa se passa no mesmo universo, mas sem a necessidade de vínculo narrativo e com os personagens do original. Novamente, o longa conta novamente com a colaboração de Steven Spilberg na produção e busca através de sua simplicidade narrativa e grandiosas cenas de destruição, se consolidar como um novo e grande filme catástrofe.

Twisters é um filme bastante formulaico que, dentro de sua estrutura narrativa, se aproxima bastante dos blockbusters atuais. Embora utilize um certo contexto do filme original de 1996, não se preocupa em desenvolver uma história de verdade. Ao invés disso, Lee Isaac Chung procura estabelecer uma narrativa que se sustenta em um melodrama na tentativa de movimentar a história. Porém, coloca tantos outros elementos e ideias que não se desenvolvem, que todo o resto fica um tanto quanto descartável.

O filme demonstra pouca vontade em desenvolver seus personagens coadjuvantes, resultando em um descaso total da importância deles para a narrativa que se desenrola. Quando o longa tenta se aproximar do desenvolvimento de seus protagonistas, encontra problemas justamente na falta de profundidade que existe em sua narrativa.

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Embora comparar não seja o principal intuito de uma crítica, é inevitável perceber uma aproximação estrutural com o filme original. A semelhança se estende até mesmo aos defeitos estruturais e narrativos, como a falha em estabelecer personagens de maneira robusta. No filme de 1996, a trama era centrada em um casamento em crise, com os tornados servindo como pano de fundo para essa história. Hoje, a narrativa de Twisters foca no luto e na tentativa heroica de usar a ciência para salvar pessoas vítimas de tornados nos EUA.

Apesar das falhas, Twisters supera o filme original de 1996 em certos aspectos, sendo interessante pelo seu ritmo, investimento nos efeitos especiais e pelo carisma de Glenn Powell e Daisy Edgar-Jones. A combinação desses elementos faz com que o filme se destaque, mesmo que não consiga se desvencilhar completamente das limitações narrativas herdadas de seu antecessor.

NOTA: 6/10

By Luiz Henrique Alves

Olá, sou Luiz Henrique, faço comentários sobre cinema e compartilho aqui minhas experiências com filmes que vi.

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