Uma doce história familiar
Robô Selvagem, a nova animação da DreamWorks, está chegando aos cinemas e promete concorrer diretamente com Divertida Mente 2 pelo Oscar. Mas será que vale a pena? Vamos descobrir.
Sinopse: Em Robô Selvagem, o robô conhecido como “Roz” – unidade ROZZUM 7134 – naufraga em uma ilha desabitada e precisa aprender a se adaptar a esse novo ambiente. Aos poucos, Roz constrói relações com os animais nativos, incluindo até a adoção de um filhotinho de ganso. O filme é uma adaptação do livro homônimo do escritor Peter Brown.
Robô Selvagem mistura diversos conceitos que já vimos antes, mas ainda assim consegue ser original, lindo, fofo e muito emocionante, além de trazer uma crítica relevante, especialmente considerando o atual debate sobre Inteligências Artificiais.
A animação deste filme é belíssima, fluida e faz com que a floresta pareça viva. Você sente como se estivesse ali com os animais. A DreamWorks foi genial ao dar a cada animal uma peculiaridade própria, com movimentos e comportamentos distintos, o que torna cada um único.
Mas, sem dúvida, a melhor parte é o trio Roz, Astuto e Bico Vivo. É lindo e divertido ver a interação e o desenvolvimento deles juntos, especialmente Astuto, que começa como uma raposa fria, mas vai ganhando camadas ao longo da história. Roz e Bico Vivo também são cativantes, e devo admitir que essa dupla me fez chorar duas vezes.
Falando em chorar, o roteiro é surpreendente. Ele consegue emocionar, mesmo sendo clichê em alguns momentos e você já sabendo para onde a história vai. Ainda assim, o filme te pega de surpresa em algumas cenas, provando que o simples pode ser muito eficaz.
No final, Robô Selvagem se revela como uma das melhores animações do ano, com uma dublagem em português maravilhosa. O filme é tocante, traz uma bela mensagem sobre coração, família e encontrar seu lugar no mundo. Ele certamente vai te emocionar, mesmo que em alguns momentos a trama seja um pouco acelerada.
Nota: 8.5/10
