Nem no céu, nem no inferno Os Estranhos- Capítulo 1 funcionaria. Renny Harlin retorna à direção com uma tentativa de criar um slasher brutal, mesmo que não seje com ótimas qualidades

O genêro do terror em 2024 está uma verdadeira maldição. Dentre os últimos lançamentos, apenas entre 3-4 filmes realmente se destacaram neste ano, e a ParisFilmes trouxe-nos o reboot da franquia The Strangers (Os Estranhos,2008) no qual a direção fica a base do diretor Renny Harlin, cineastra reponsável por filmes como A Hora do Pesadelo IV (1989), Duro de Matar (1990), Do Fundo do Mar (1999), além de outros.

Meu grande problema com este novo capítulo da franquia Os Estranhos – Capítulo 1 , que será uma nova triologia. Pelo o que entendi, os filmes são uma nova reimaginação, embora se você assistir a este novo filme da franquia, ele segue os mesmos trajetos do filme de 2008, com a Liv Tyler e Scott Speedman, dirigido por Bryan Bertino.

A premissa segue um padrão das últimas produções do horror. A jovem Maya(Madelaine Petsch) viaja para o campo com seu namorado,Ryan(Froy Gutierrez) para começar uma nova vida. Quando seu carro quebra, o casal é forçado a passar a noite em uma casa isolada na floresta, mas acabam aterrorizados até o amanhecer por três estranhos mascarados.

É nesse cenário claustrofóbico que a verdadeira face do terror se revela: três figuras mascaradas, bizarras e sádicas, os perseguem implacavelmente durante toda a noite. O filme explora a vulnerabilidade dos protagonistas em sua situação extrema, enquanto a cada minuto a tensão aumenta e a brutalidade dos ataques se intensifica. E realmente, existe aqui uma tentativa de explorar o suspense psicológico que os personagens vão ter durante essa noite, mas diferente do original, eu acredito que a direção utiliza de muitos clichês e arquétipos nos personagens que, creio eu, podem afastar o telespectador da imersão que a história esteje realmente contando. Inclusive, a própria direção de arte, tenta oferece cenários que remetem a um isolamento, de fato, talvez criando uma caustrofobia, ou algo parecido, mas o filme distri o público com tantas obviedade, tantas coisas sem sentido que, não faz sentido.

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Por sinal, o filme, diferente dessa nova tendência de reviver clássicos do cinema, o que eu não ache que Os Estranho é, de fato, um filme clássico, apesar que gosto dos vilões, e como eles dão essa ideia de “Não terem nenhuma expressão alguma”, o filme explora extamente isso, só que diferente dos demais, há um risco nisso, de se escourar nos piores cliches desse subgnêro.

Essa abordagem minimalista, porém eficaz, gera uma atmosfera de suspense constante, prendendo o público do início ao fim. A trilha sonora sombria e os ambientes claustrofóbicos contribuem para a imersão na história, enquanto a atuação dos protagonistas é convincente e transmite o medo e o desespero dos personagens de forma crível. Apesar que há um grande destaque, principalmente por Madelaine Petsch ( Cherrie Bloosom em Riverdale) consegue, de fato, entregar uma personagem admirável, ainda que as decisões interessantes em sua personagem.

Embora “Os Estranhos: Capítulo 1” traga uma experiência de terror imersiva e brutal para os fãs do gênero slasher clássico, alguns pontos negativos podem afetar a experiência geral do filme.

Personagens como Maya e Luke seguem arquétipos básicos do terror slasher, sem um desenvolvimento profundo de suas motivações e personalidades. Isso limita a conexão emocional do público com os protagonistas e torna a história menos envolvente.

“Os Estranhos: Capítulo 1” entrega sustos e violência gráfica, mas falha em se destacar em meio a outros filmes do gênero devido à falta de originalidade, personagens unidimensionais e ritmo irregular. A experiência geral pode ser satisfatória para fãs do terror slasher clássico que buscam um filme brutal e imersivo, mas pode não agradar aqueles que preferem histórias mais complexas e personagens bem desenvolvidos.tunesharemore_vert

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By João Vitor

Resenhista, escritor, roteirista amador e apaixonado por cinema. Produzo conteúdos sobre entretimento e cultura pop desde 2019, e gosto de ler, assistir filmes antigos e fazer vídeos sobre cinema e séries de tv.

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