Refazendo um filme amaldiçoado
Chegou aos cinemas a nova versão de O Corvo, filme baseado na hq homônica e no livro de Edgar Allan Poe, dessa vez protagonizado por Bill Skaarsgad, será que o filme faz jus ao original?, ou é só mais um filme barato?, vamos descobrir.
Sinopse: O Corvo é uma reinterpretação moderna do clássico cult de 1994. Nesta nova versão, Eric Draven (interpretado por Bill Skarsgård) é um astro do rock que é brutalmente assassinado junto com sua noiva, Shelly (FKA Twigs), por um grupo de criminosos. Um ano após sua morte, Eric recebe a chance de salvar seu grande amor ao se sacrificar. Determinado a corrigir os erros do passado, ele retorna do túmulo em busca de vingança contra aqueles que tiraram sua vida e a de Shelly. A trama explora a jornada de Eric, que atravessa os mundos dos vivos e dos mortos para fazer justiça. Este remake busca capturar a essência sombria e vingativa do original, ao mesmo tempo que introduz novos elementos para atrair uma nova geração de espectadores. Este novo capítulo do clássico busca equilibrar nostalgia com uma abordagem contemporânea, mantendo a essência que fez do filme original um ícone do cinema
Robert Sanders atualiza o gótico, trazendo consigo uma nova versão dessa clássica história de tragédia, mas falta a ele originalidade, tudo do filme te remete a algo ou alguém, com um roteiro precário com diálogos vergonhosos, a coisa se escalona ainda mais.
Bill Skaarsgad e FKA Things tem muita quimica, os dois se completam estando juntos, é fofo ver eles em cena, a dinâmica, você conhecendo eles, mas o roteiro não ajuda, a forma como eles se conhecem e se unem é brega demais e chega a ser ridicula, fora os dialogos que é um pior que o outro, o mesmo serve para o resto do elenco que está de operante para ruim, não tendo desenvolvimento e sendo apenas artificios, assim como o vilão feito pelo Danny Huston que é mais um vilão genérico.
O filme não é original nem em sua estética, sempre querendo remeter aos filmes do Batman, como os do Nolan e o do Reeves, trazendo algo sujo da cidade, mas nada convidativo e marcante, assim como o outro lado que é o puro suco da falta de vontade de criação de mundo. O mesmo vale para as cenas de ação que tem muitos cortes e mesmo quando você investe nela, você percebe problemas como na cena do teatro, mas mesmo assim é interessante ver como adaptaram um cara que nunca lutou na vida, ter que se virar em combate corpo a corpo.
No fim, O Corvo é só mais um filme genérico do genêro, nada memorável, que se compensa pela ótima atuação do seu protagonista, mas que facilmente poderia ser confundido com um filme do Spawn, sendo um filme para não se ver no cinema e sim em casa no conforto do seu lar.
Nota: 4.5/10