Uma família de monstros

Chegou à Netflix a nova minissérie Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos de Pais, que retrata o infame caso dos irmãos Menendez. Mas será que a série é realmente boa ou apenas mais um caça-níquel? Vamos descobrir.

Sinopse: Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos de Pais narra a história real dos irmãos que assassinaram seus pais na luxuosa mansão da família em Beverly Hills. A minissérie, baseada em fatos reais, se passa no final dos anos 80 e foca em Lyle (Nicholas Alexander Chavez) e Erik Menendez (Cooper Koch), dois jovens que mataram seus pais a tiros. Logo após o crime, ligaram para a emergência, simulando ter acabado de encontrar os corpos da mãe, Kitty (Chloë Sevigny), e do pai, Jose (Javier Bardem). Na época, os irmãos, de 18 e 21 anos, alegaram ter agido em legítima defesa após anos de abusos físicos e emocionais, enquanto a promotoria argumentou que o motivo do crime foi a ganância pela herança milionária dos pais. A série faz parte da antologia “Monster”, de Ryan Murphy, que começou com Dahmer: Um Canibal Americano (2022) e já está renovada para uma terceira temporada.

A série consegue desenvolver bem o laço entre os irmãos, mas se perde ao longo da temporada com cenas que poderiam facilmente ser cortadas. Além disso, o excesso de episódios acaba tornando a narrativa desnecessariamente extensa.

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Cooper Koch e Nicholas Alexander Chavez estão excelentes como Erik e Lyle Menendez. Você sente o vínculo afetivo entre os dois, mesmo que, às vezes, esse laço seja mais evidenciado pelo comportamento de Lyle. A série consegue transmitir o drama e os conflitos internos de cada um.

Quanto ao restante do elenco, temos Javier Bardem, que mesmo aparecendo pouco, retrata de forma convincente a figura cruel, odiosa e desprezível que é o pai dos irmãos Menendez. Chloë Sevigny também entrega uma ótima performance como a mãe, que é passiva, mas carrega um ódio reprimido.

Infelizmente, o restante do elenco é apenas mediano, sem grandes destaques, assim como a direção, que segue o básico, sem inovações, entregando uma produção que parece apenas mais uma entre tantas outras do gênero true crime.

No fim, Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos de Pais não traz nada de muito inovador. Sua trilha sonora e direção parecem cópias de outras produções, e o excesso de episódios, além de uma dose de humor fora de hora, prejudicam o ritmo da série. Diferente de Dahmer, que causou um impacto significativo, esta minissérie acaba sendo apenas mais uma no mar de séries true crime.

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