O barro agora é cantado

Este ano, tivemos a nova versão de Meninas Malvadas, agora em formato de musical, inspirado na produção da Broadway. Mas será que essa adaptação mantém a qualidade do filme original de 2004? Vamos descobrir.

Sinopse: Meninas Malvadas: O Musical segue a mesma história do filme original: Cady Heron (Angourie Rice) se muda da África para os Estados Unidos e enfrenta dificuldades para se adaptar à sua nova escola, onde acaba conhecendo as “Poderosas”, lideradas por Regina George (Renée Rapp). No entanto, a situação complica quando Cady se apaixona pelo garoto errado, levando a uma série de conflitos e intrigas.

O filme segue fielmente a trama do original, mas agora com números musicais. E aí surgem os problemas.

O primeiro grande obstáculo é a performance de Angourie Rice. Ela simplesmente não consegue capturar o carisma e a presença que Lindsay Lohan trouxe à personagem Cady. Sua atuação é apagada, e sua habilidade vocal também deixa a desejar, tornando as cenas musicais com ela difíceis de assistir. O mesmo vale para Christopher Briney como Aaron, que parece perdido no papel, sem química com o resto do elenco.

Por outro lado, as coadjuvantes Avantika (Karen) e Bebe Woods (Gretchen) brilham. Avantika, especialmente, entrega um dos melhores números musicais do filme com “Sexy”, e a direção de câmera durante sua cena é impecável. Bebe Woods, embora não tenha um grande número musical, se destaca no momento do “surto” de Gretchen, trazendo emoção e humor na medida certa.

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Auli’i Carvalho (Janis) e Jaquel Spivney (Damian) também fazem um bom trabalho como a dupla de amigos outsiders, embora não atinjam o nível icônico dos intérpretes originais. O solo “I’d Rather Be Me”, de Janis, é um dos poucos destaques musicais realmente fortes do filme, dando a Carvalho um momento para brilhar.

Mas o maior destaque do filme é, sem dúvidas, Renée Rapp como Regina George. Ela é sensual, arrogante e tóxica, criando sua própria versão da personagem sem tentar imitar Rachel McAdams. Seus números, “Someone Gets Hurt” e “World Burn”, são os pontos altos do filme, tanto pela performance quanto pela forma como são filmados.

Os números musicais variam entre o ótimo e o terrível, sem meio-termo. Alguns momentos são verdadeiros espetáculos, enquanto outros parecem desajeitados, prejudicados por uma edição que muitas vezes se assemelha a vídeos de TikTok, o que pode ser irritante. No entanto, quando o filme acerta, ele realmente brilha, principalmente pela forma como certos números são dirigidos.

No fim, Meninas Malvadas: O Musical não consegue superar o original e, na maior parte, parece uma cópia que adiciona músicas sem trazer nada realmente novo. Ainda assim, há um certo charme e diversão aqui, especialmente em alguns momentos bem executados.

Nota: 5/10

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