Não ofende, mas decepciona.

O tão esperado Maxxxine, estrelado por Mia Goth e dirigido por Ti West, estreou hoje (11) nos cinemas brasileiros. O longa finaliza a trilogia de terror rural que ganhou notoriedade, sendo um dos símbolos do gênero Slasher nessa década.

Ti West mantém suas referências, sátiras e desconstrução de gêneros e época, mas em Maxxxine, se torna uma mistura de sugestões e flertes baratos, perdendo até a identidade e restando pouco das sensações incomodantes.

Foi difícil de identificar o gênero do filme. Elabora ideias e debates relevantes, como o puritanismo nos anos 80, e se esforça para contextualizar todos eles logo no início, mas não desenvolve. O diretor abandona a dramaturgia da história.

A escolha de conceder liberdade a Mia Goth é correta, já que ela concretiza muito do filme. Embora tenha demonstrado diversas qualidades e tenha se empenhado para realizar um trabalho memorável, sua personagem está perdida, oscilando de um lado para o outro. Outra consideração importante é a direção de arte, que auxilia na experiência de imersão. A estética é levada em conta até na montagem, isso tem seu valor e porque diverte.

A impressão final é estranha e frustrante, pois não se resolve de maneira coerente e abandona o que já havia sido estabelecido. As ideias apresentadas são promissoras, porém parecem ser de filmes distintos pela falta de conexão.

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