O episódio perfeito.

A palavra que define o penúltimo episódio da segunda temporada de House Of The Dragon é feroz. Ele tem plena consciência de onde quer chegar e de como fará isso. Sem enrolar, já começa a se resolver, e no estilo mais western possível, com Rhaenyra enfrentando o novo montador misterioso da Seasmoke. A fotografia é primorosa, há takes poderosos e simbólicos para a série. O CGI acompanha e dá veracidade aos dragões que fazem a gente querer ter um. Rhaenyra voltou a ser aquela personagem que fez com que todos se apaixonassem por ela, sagaz e porreta. O conflito político e moral que surge devido à sua decisão de colocar a semeadura em prática resulta em um drama de qualidade. A conversa dela com Jace e bem escrita e explica com clareza toda a raiva que sente em relação à escolha da mãe. Jace sabe que tem sangue da casa Strong, mas o que o torna especial é ser um montador de dragão, o símbolo que aproxima os Targaryens dos deuses. Mas a mãe quer banalizar essa especialidade.

Finalmente, a ação de Daemon em Harrenhal foi benéfica para a própria narrativa do episódio. A discussão das casas com o rei consorte é inusitada no bom sentido, o Oscar Tully é um prodígio que botou banca e afrontou, apesar da discussão ter perdido o sentido, é bem escrita. Paddy Considine teve a brilhante ideia de aparecer na cena final da alucinação com o Viserys desfigurado para reforçar o peso da coroa. O enredo do Daemon chegou ao ponto, a virada de chave aconteceu. Quem recebeu as reclamações dos fãs dessa vez foi a Alicent. Concordo em alguns aspectos que foi fora de tom. As metáforas interessantes usadas nelas não me deixam desgostado. Desde o início da temporada, a personagem tem se sentido suja e busca se purificar. Ela precisava desse tipo de fuga.

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No que diz respeito ao que mais exigiu tempo do episódio, a semeadura, tive receio da chegada desse momento, uma vez que a construção até chegar lá parecia forçada, mas a solução encontrada foi surpreendente. Já era conhecido o desafio de conquistar um dragão, mas agora foi intensificado. A atmosfera era tão perigosa e imersiva que não tive vontade de piscar. Os bastardos tem uma importância, e despertam a curiosidade de como vão desempenhar esse papel na guerra. O episódio finaliza com um dos melhores takes de toda a série, impossível não ficar ansioso para o final.

Nota: 9/10

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