Novo passo para o body horror
“A Substância (2024)” traz uma crítica social muito pertinente para os dias atuais e não à toa está fazendo tanto sucesso entre as pessoas, principalmente na internet. Foi uma boa sacada abordar o envelhecimento e a cobrança pela juventude (ainda mais se tratando das mulheres) com a bizarrice de um body horror e aqui funcionou muito bem. Apenas uma cena no terceiro ato que eu senti que ficou um tom acima do exagero que o filme vinha flertando… não me agradou muito, mas de resto, tenho muitos elogios.
As intercalações entre as personagens de Demi Moore e Margaret Qualley são ótimas e você sente que são a mesma pessoa, ao mesmo tempo em que elas vão se distanciando, mas ainda mantendo uma certa sincronia. A montagem é ótima, além de deixar o filme dinâmico e interessante de acompanhar, ela é eficiente em nos contar muitas coisas, ao invés de apenas jogar informações na boca das personagens. A direção também é digna de elogio, às vezes eu sentia que certos enquadramentos nos corpos das atrizes eram desnecessários e expositivos demais, mas pensando melhor, é justamente sobre isso o que o filme critica e quer enfatizar, então faz sentido, não é nada gratuito.
Olá, me chamo Luiz Felipe. Sou estudante de produção audiovisual e sempre acompanhei a sétima arte desde muito novo. Estarei usando esse espaço para compartilhar minhas opiniões sobre os filmes que assisti.