O Que Você Faria por um Milhão de Dólares?

Voce pega ou não pega?

Você apertaria um botão sabendo que alguém, em algum lugar, morreria, mas você ganharia um milhão de dólares? Esta é a premissa intrigante de A Caixa (2008), um suspense psicológico dirigido por Richard Kelly e estrelado por Cameron Diaz e James Marsden.

Trago essa resenha por simplesmente achar esse Thriller simplesmente bem ousado, já que hoje em dia, com o decorrer dos últimos lançamentos, é sempre bom voltarmos ao passado e vermos obras mais impactantes, não que A Caixa sege um supra-sumo do cinema, mas o diretor de Donnie Darko traz alguns elementos que fogem do comum. Antes de entrarmos no desenvolvimento dos pontos positivos e negativos( sim, por mais que eu tenha curtido o longa, ele tem e muitos) vale a pena falarmos um pouco da história em questão. Ambientado em 1976, “A Caixa” conta a história de Norma (Cameron Diaz) e Arthur Lewis (James Marsden), um casal comum que enfrenta dificuldades financeiras.

A vida deles muda quando recebem uma misteriosa caixa contendo um botão. Um homem enigmático, Arlington Steward (Frank Langella), lhes oferece uma proposta perturbadora: se apertarem o botão, ganharão um milhão de dólares, mas alguém que não conhecem morrerá.

Alguns dos pontos positivos dessa obra é o próprio suspense que lhe intriga e vai costurando ao decorrer dos atos. A ideia central do filme, baseada no conto “Button, Button” de Richard Matheson, é extremamente provocativa e levanta questões éticas e morais profundas. Inclusive, acho muito bacana como Richard Kelly provoca o telespectador com esse moralismo ético complexo e bastante avassalador.

Além disso, a premissa traz uma ótima e sensata atmosfera e uma bela ambientação sombria com elementos dramáticos bem eficientes. O diretor Richard Kelly consegue recriar a década de 1970 de forma convincente, desde os cenários até o figurino. O uso de uma iluminação mais fria, realizando um trabalho menos colorido te coloca no pé da poltrona.Outros pontos são as atuações: Frank Langella entrega uma atuação memorável como Arlington Steward.

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Sua presença é ao mesmo tempo charmosa e perturbadora, fazendo dele um antagonista que permanece na mente do espectador. Sua atitudes, diante do casal, é feito de uma frieza sem igual. Inclusive, o final do filme é provocante.

Agora precisamos dizer uma coisa. Se você é um espectador apressado, ou que quer as coisas mastigadas, creio que o longa pode lhe decepcionar ( E MUITO), já que as ideias centrais do roteiro e fazer você pensar no que o casal está preparado ( ou preparando). Aqui o filme diálogo bastante com essa ideia de convencer o público de ação/ consequências. As vezes, uma escolha ( seja qualquer que for) trará diversas consequencias, e esse é um dos grandes atributos do filme. O filme vai além do suspense superficial e mergulha em temas filosóficos e existenciais, como a natureza do livre-arbítrio, as consequências das escolhas e a moralidade humana.A edição traz um elemento, que pelo menos ao meu, me cativou bastante.

Alguns estilo de montagem deixando o ritmo mais lento, portanto com aspectos mais técnicos acima do possível como trazer cenas em sobreposições de imagens. Em “A Caixa” (2008), a montagem feita por Sam Bauer tem características particulares que merecem destaque.Mas, quais são esses elementos que fazem, pelo menos nesse setor, como pontos positivos?

No começo do filme, a montagem estabelece um ritmo ponderado e metódico. Este ritmo inicial é fundamental para construir a atmosfera de mistério e tensão que perpassa a história. A edição cuidadosa introduz os personagens e suas dificuldades de forma gradual, permitindo ao público se conectar com eles antes de serem lançados no dilema central do filme. Há outras técnicas usadas aqui como Sequências de alta tensão, como as interações com Arlington Steward, são intercaladas com cenas mais lentas e introspectivas. Essas variações no ritmo ajudam a manter o suspense, mas também podem criar uma sensação de desequilíbrio na narrativa.

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Também há um uso da famosa técnica de Cross-Cutting, que trata de criar paralelismo e tensões entre diferentes cenas e personagens. Por exemplo, isso é especialmente evidente nas cenas em que Norma e Arthur investigam o mistério por trás da caixa e das ações de Arlington Steward.

O cross-cutting intensifica a sensação de urgência e inter conectividade dos eventos. E, é claro, que o filme possui alguns efeitos visuais, além do filme, a todo momento, tratar e trabalhar com o tempo.

Para aqueles que apreciam um bom thriller com camadas de profundidade moral e ética, “A Caixa” é uma escolha interessante, apesar de suas falhas. Vale a pena conferir e ponderar: o que você faria se estivesse no lugar dos personagens?

By João Vitor

Resenhista, escritor, roteirista amador e apaixonado por cinema. Produzo conteúdos sobre entretimento e cultura pop desde 2019, e gosto de ler, assistir filmes antigos e fazer vídeos sobre cinema e séries de tv.

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