O naufrágio do DCEU

Aquaman 2 estreou sem muito marketing da distribuidora e a dúvida para isso era se pela qualidade do filme ou por ser o último filme de um universo que deixa de existir. E a resposta é: pelos dois motivos.

“Um antigo poder é libertado e o herói Aquaman precisa fazer um perigoso acordo com um aliado improvável para proteger Atlântida e o mundo de uma devastação irreversível.” A sinopse do longa tampouco é chamativa, visto que o primeiro filme também tratava de proteger Atlântida e o mundo de uma devastação.

Jason Momoa se diverte dando vida ao herói e Patrick Wilson encarna com seriedade seu personagem. Porém, todos os outros personagens em tela estão em um “piloto automático” e são mais do mesmo. O vilão interpretado por Yahya Abdul-Mateen II é mais uma “marionete” descartável.

As subtramas também não ajudam o longa. O começo com a paternidade logo é esquecido e quando tentam resgatar no final, fica perdido. O tema de relevar Atlântida para a superfície é uma imitação genérica de “Pantera Negra” e o discurso final, com a última frase do Momoa vivendo esse personagem, é uma cópia mal feita de “Homem de Ferro”.

Aquaman 2 é o adeus ao DCEU, que aparenta não deixar muitas saudades e que teve mais erros do que acertos. Agora é olhar para o futuro da DC no cinema e esperar que tenham aprendido com os erros desse universo.

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By Matheus Gomes

Gaúcho, vive em Buenos Aires (ARG) e amante da sétima arte desde pequeno. Produtor audiovisual independente na GAMA12 Produções, esteve no Festival de Cannes 2019 com o projeto "3 dias em Cannes" e foi assistente de produção de obra teatral na Argentina.

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