De volta aos eixos.
Em comparação com os episódios anteriores, o sexto episódio de House Of The Dragon se movimenta melhor, a politicagem resgata e reforça jogadas da primeira temporada, faz reviravoltas e me parece voltar aos eixos. Enquanto os personagens principais enfrentam seus papéis dramáticos, os coadjuvantes estão em uma crescente mostrando para o que vieram. Aemond está se consolidando como um ótimo vilão, suas ações impactam diretamente os demais que o cercam. Esses desafios resultam em cenas interessantes, como a de Larys Strong com Aegon, que fala com o coração pela primeira vez, sendo um dos melhores diálogos representativos da série.
Alicent prova que o carma existe, pois perdeu tudo. Espero que a personagem não seja jogada de escanteio e volte a ter participações mais intensas com sua voz. Com a volta de Otto – obrigado, foi eu que pedi – pode ser que ela volte a ocupar essa posição. O que resta agora é confrontar seu papel de mãe e ficar inquieta sobre os erros que cometeu. Ela sente as consequências que o bloqueio naval está causando na população. Gosto muito de ver a dimensão e a perdição que a guerra representa para o povo. Algo que queria ver nas Terras Fluviais, mas perdemos tempo com as alucinações do Daemon, que estão finalmente caminhando para um desfecho. O tempo gasto foi infeliz, principalmente quando mapa de guerra está confuso.
Não canso de elogiar o valor da produção, o designer e o figurino/maquiagem estão lindíssimos. Esses elementos contribuíram para esse ser um episódio que deu vida ao universo e mostrou a inteligência dos dragões.
Mysaria é uma craque no jogo, sua manipulação é mais sútil do que a de Larys. Rhaenyra se recorda da personagem que um dia já foi e volta a agir. Os próximos dois episódios serão os últimos, o cenário tá montado, tensão intensificada e dragões sendo posicionados para o encerramento.
