Uma triste história real sobre um dos piores manicômios do Brasil
Está chegando aos cinemas Ninguém sai vivo daqui, um filme que adapta e se baseia no livro da Daniela Arbex Holocausto Brasileiro, que conta relatos, sobre o Colônia, um dos piores hospicios registrados, mas será que o filme faz jus?.
Sinopse: Ninguém Sai Vivo Daqui é um longa de André Ristum e é baseado em acontecimentos reais ocorridos no século passado no hospital Colônia, no Brasil. A jovem Elisa (Fernanda Marques) é internada a força pelo seu próprio pai no hospital psiquiátrico Colonia, um lugar onde Aqueles que não se conformavam com as normas da sociedade, ou com a percepção que a sua família tinha dela, eram presos, torturados e mortos. O motivo que o pai de Elisa teve para interná-la foi por conta de ter ficado grávida de seu namorado por volta dos anos 70. O lugar é hostil e nada agradável, após sofrer diversos abusos, Elisa, e outros colegas, que também foram internados injustamente, lutarão com toda a força que puderem pela sua liberdade, para fugirem daquele hospício infernal.
O Livro Holocausto Brasileiro é um livro reportagem, que para quem faz ou quer fazer Jornalismo, é perfeito para entender como funciona esse mundo tanto na leitura, quanto pelas fotos que são angustiantes e te deixam para baixo, e em muitos momentos precisei parar para respirar, então é ousado querer adaptar esse livro, principalmente em uma hora e 20 minutos.
O fato do filme ser em preto e branco trás ainda mais angustia, o trabalho de som é aterrorizador, a escolha de músicas que são propositalmente ruins, barulhentas, mostrando quão podre e ruim é aquele lugar, a fotografia e como é filmado aquele lugar é incrivel, é angustiante, mas ao mesmo tempo dá aquele sabor que tem coisas que poderiam ser mostradas, que mesmo que aquele lugar seja ruim, ainda falta um pouco mais de ousadia.
O elenco é simplesmente maravilhoso a atuação da Fernanda Marques é muito boa entrega tudo, você sente a degradação da personagem, a tristeza a queda, Andreia Horta mesmo que curta consegue ser marcante assim como Naruna Costa que consegue fazer a empregada mais humana daquele lugar, a única pessoa sã, diferente de Augusto Madeira que consegue trazer um baita vilão e talvez a pessoa mais deprezivel daquele inferno.
Ninguém sai vivo daqui trás uma história angustiante, dificil de se assistir, principalmente quando se sabe que aquilo realmente acontecendo, te deixando desconfortável e com um nó na garganta o tempo todo, mas que mesmo assim merecia ter pelos menos uma hora a mais e talvez um final mais pessimista, pela carruagem que o filme estava indo, seria muito melhor um final corajoso, do que o óbvio, que com certeza teria me deixado uma marca muito maior, mas mesmo assim vale o seu tempo.
Nota: 6/10
