A mediana animação do vigilante de Gotham

Muito da qualidade aqui deve-se a boa animação e bom desenvolvimento de um personagem dentro da trama. Os excelentes traços de animação deixam uma boa impressão devido ao fato de possuir grandes cenas de ação, que dão o ritmo que o roteiro precisa e o uso das sombras traz a escuridão e a melancolia que uma boa história do Batman deve contar. Quanto ao desenvolvimento dos protagonistas, existe êxito ao adaptar o ótimo personagem que é o Comissário Gordon, principalmente com sua recém chegada a cidade de Gotham.

Portanto, isso infelizmente não ocorre com os outros. A personagem Selina Kyle é totalmente descartada, e mal utilizada. Além disso, a caracterização de Bruce Wayne é bastante descartável. Ainda assim, as cenas que mostram o início dessa jornada de Bruce, como Batman, são de boa qualidade pois ao mesmo tempo que explora a inexperiência e vulnerabilidade como herói, também deixa visível o efeito do seu treinamento durante sua viagem antes de retornar a Gotham.

Infelizmente, não é certo entrar em méritos se esta animação é fiel a história em quadrinhos, escrita por Frank Miller, pois a discussão se concentra no filme em si. Assim, devo dizer que, há muitas decisões criativas aqui que incomodam.

Depois de 12 anos estudando e treinando no exterior artes marciais e ciências, o bilionário herdeiro órfão Bruce Wayne retorna a Gotham City no mesmo dia em que o tenente James Gordon se mudava com a esposa grávida, Bárbara, vindo de Chicago. Os dois homens encontram uma polícia totalmente corrompida. Dirigida por Sam Liu e Lauren Montgomery, que trabalharam juntos no ótimo “Liga da Justiça: Crise Em Duas Terras” e conta com o roteiro de Tab Murphy.

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Em “Batman: Ano Um”, o verdadeiro protagonista é Jim Gordon e todas a tramas abordadas na animação acontecem devido à presença dele, dessa forma todas as cenas envolvendo o Comissário Gordon, seus traumas pessoais e subtramas são muito bem aproveitadas. É aceitável pensar que ele é fundamental para a construção do herói Batman e isso se confirma ao longo do filme. É claro que toda essa estruturação do personagem acontece devido a maravilhosa interpretação de Bryan Cranston que dá a voz ao personagem, que é um dos pontos altos do longa.

Infelizmente, há aqui, extrema dificuldade de se conectar com qualquer outro personagem com exceção do Comissário Gordon. Devido a duração de uma hora e quatro minutos, muita coisa fica de lado. Os antagonistas não causam nenhuma sensação de urgência e tensão. A história descarta Harvey Dent, e a falta de comprometimento com personagens tão importantes não é compensada pela boa perseguição e cena de ação final.

Devido à ótima visibilidade e avaliação dos fãs que a história em quadrinhos possui, esperava-se uma adaptação primorosa para o cinema. Infelizmente, o filme entrega apenas boas cenas de ação e um Jim Gordon excelente. Definitivamente, “Batman: Year One” (Batman: Ano Um, no Brasil) sofre com a curta duração e não se estabelece como uma grande animação e muito menos conquista o espectador.

NOTA: 5/10

By Luiz Henrique Alves

Olá, sou Luiz Henrique, faço comentários sobre cinema e compartilho aqui minhas experiências com filmes que vi.

2 thoughts on “Crítica: Batman: Year One (Batman: Ano Um) — 2011”

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