O ator fala sobre os rumos da indústria de filmes de super-heróis
Tom Hanks declarou ao podcast “Happy Sad Confused” que a audiência de histórias em quadrinhos não quer mais saber de adaptações apenas pelo espetáculo, e que estão mais interessadas em verdadeiras narrativas.
Ele disse, “lembra nos anos 1970 e 80 quando eles tentavam fazer versões do Capitão América e do Homem-Aranha? Não dava muito certo, porque não tínhamos a tecnologia para isso. Mas hoje em dia sim. Hoje em dia, você pode fazer qualquer coisa.”
“Quando o Super-Homem do Christopher Reeve voou pela primeira vez, foi extraordinário.”
Tom prosseguiu “Mas agora que essas tecnologias existem há algum tempo, voltamos ao ponto de pensar na narrativa: porque ok, é possível fazer relógios-cuco se transformarem em um dragão gigante que cospe fogo em Chicago, mas com que propósito? Qual vai ser a história e o que isso dirá sobre nós?”
“Existiu um tempo em que assistíamos a filmes do MCU e da DC para ver versões melhores de nós mesmos. Eu me sinto um X-Men às vezes. Tão confuso quanto o Homem-Aranha. Tão irado quanto o Batman. E tivemos 20 anos para explorar isso. Mas agora, o tema é o quê? A história é o quê? Qual é o sentido dessa história?”
E ele não está errado. Nos últimos anos, inúmeras adaptações de quadrinhos fracassaram, um grande baque para a franquia extremamente rentável do MCU, por exemplo.
A fórmula que deu muito certo por muito tempo, de repente não deu mais.
E aí vieram títulos pouco memoráveis em números como Shazam, Homem-Formiga, Madame Web e Venom 3, fato pontuado pela Variety.
Na contramão dos filmes de super-heróis produzidos desde o fim dos Vingadores, Deadpool & Wolverine é o segundo filme mais lucrativo de 2024.
O ator também falou sobre como, na indústria, é comum achar que não se mexe em time que está ganhando. E se funcionou uma vez, vai funcionar de novo. Mas Tom discorda: a audiência já passou dessa fase. Eles vêem uma coisa familiar e pensam ‘Ei, eu já vi isso. O quê mais você tem?”
E efeitos especiais legais não impressionam mais. O ator completou “Me conte sobre mim mesmo”.
Uma enciclopédia humana de comédias românticas. Tenho gosto musical duvidoso e gosto de fingir que estou em um talk show enquanto lavo a louça. Quando não estou assistindo a filmes, estou fazendo miniaturas deles.