A Garota de Aço Merecia um Final Melhor
Chegamos à primeira temporada de Supergirl pós-Crise nas Infinitas Terras e também à última da série. Mas será que essa temporada é boa? Será que dá um final digno à personagem? Vamos descobrir.
A temporada começa com um elemento que pode incomodar muitos: a Supergirl passa boa parte do início presa na Zona Fantasma, um desenvolvimento causado pela gravidez da atriz principal, Melissa Benoist. Mesmo sem esse agravante, o começo da temporada é monótono, com a trama demorando para engrenar. Os pontos mais interessantes são Chyler Leigh, Katie McGrath, Jesse Rath e Jon Cryer. Chyler retrata com precisão o luto e a determinação de Alex para encontrar sua irmã; Katie explora a culpa de Lena Luthor; Jesse aborda a complexidade de Brainy, e Jon Cryer brilha ao interpretar Lex Luthor.
Um dos melhores momentos dessa primeira parte é o episódio em flashback. É divertido ver Brainy e Nia interagindo com as jovens Kara e Alex Danvers em uma situação no estilo De Volta Para o Futuro 2, onde precisam corrigir algo no passado para preservar o futuro. Izabela Vidovic e Olivia Nikkanen como as versões jovens de Kara e Alex têm muita química e se parecem muito com suas contrapartes adultas, mostrando uma excelente escolha de elenco.
No entanto, a temporada, assim como boa parte do Arrowverse atualmente, vive de momentos e é sobrecarregada com episódios “fillers” que não vão a lugar nenhum. A vilã principal, infelizmente, não chega aos pés de antagonistas como Reign e acaba ofuscada por Lex Luthor. Além disso, a trama se centra na busca por um artefato, um conceito já muito explorado.
No fim, Supergirl entrega um final agridoce para uma série igualmente agridoce. O episódio final conta com boas participações, mas não oferece o encerramento digno que a personagem merecia, resultando em um final esquecível para uma personagem tão especial.