Existe amor de família?

Entre os filmes que tive a oportunidade de assistir na Mostra de São Paulo está Vermiglio, o filme representante italiano no Oscar. Mas será que é bom? Vamos descobrir.

Sinopse: Vermiglio se passa em 1944, na remota aldeia alpina de Vermiglio, no norte da Itália, onde a Segunda Guerra Mundial paira como uma sombra constante, mas distante. A tranquilidade da vila é quebrada com a chegada de Pietro (Giuseppe De Domenico), um jovem soldado siciliano que busca refúgio após carregar seu ferido companheiro, Attilio (Santiago Fondevila), por uma longa jornada. Aclamado como herói, Pietro é acolhido pela comunidade e pela família do professor local, cuja filha mais velha, Lucia (Martina Scrinzi), é imediatamente atraída por ele. À medida que Pietro e Lucia se apaixonam, o romance deles desencadeia uma série de eventos que transforma a vida na aldeia. O casal decide se casar, mas essa união inesperada expõe as tensões na comunidade, revelando misoginia, intolerância e preconceito profundamente enraizados. O drama, dirigido por Maura Delpero, explora a complexa dinâmica familiar e social da época, revelando como o amor e as escolhas pessoais podem desestabilizar e transformar até mesmo as comunidades isoladas.

Uma coisa a se admirar em Vermiglio, sem dúvidas, é sua fotografia pastosa, crua e real sobre a Itália dos anos 40, que estava passando por uma guerra devastadora e como isso afetou o entorno.

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O roteiro do filme segue a mesma pegada; você sente aquela coisa estranha dentro daquela família, tantas coisas não ditas, tantas meias verdades que não foram ditas ali, mas, ao mesmo tempo, consegue ser aconchegante e simples, sabendo sobre aquela típica família italiana.

A diretora Maura Delpero consegue, através da sua direção, mostrar a relação da filha com o soldado desertor após o fim da guerra, com uma relação estranha, desconexa e complexa entre eles e os outros membros.

No fim, Vermiglio pode parecer um filme chato, que não acontece nada e que anda no mesmo caminho, mas, no fim, consegue trazer algo complexo e novo sobre um país que não é tão conhecido por nós.

Nota: 7/10

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