O Almodóvar mais contido e sóbrio. O diretor, pela primeira vez em um longa, muda o idioma e, parece mais confortável do que nos curtas. “O Quarto ao Lado” trata da temática da morte através de duas personagens distintas. Martha (Tilda Swinton) está doente e já aceitou seu destino. Ingrid (Julianne Moore), é escritora e, em sua última obra reflete o seu medo da morte. Essas duas perspectivas diferentes quando se chocam provocam reações interessantes, onde Almodóvar foca nas emoções. O texto do melodrama grita, mas a sutileza está na composição dos quadros e nas cores.

O ritmo é uma linha reta, senti cada segundo. Os flashbacks inclusos pouco acrescentam e se ajustam na montagem. Bregas. O que me manteve atento foi o universo particular do diretor, romântico e bem humorado, apesar de tudo ser pesado. Julianne Moore é uma preciosidade, ela faz a personagem transcender. Acompanhar o desdobramento de algo com o qual me identifico foi angustiante. Almodóvar está demonstrando o quanto a morte é normal, natural.

NOTA: 7/10

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