Já era ruim, parece que piorou

Chegou à Netflix a continuação do aclamado e viral O Poço, que conquistou popularidade durante a pandemia. Mas será que essa sequência era realmente necessária? E, mais importante, será que é boa? Vamos descobrir.

Sinopse: Em O Poço 2, dirigido novamente por Galder Gaztelu-Urrutia, a história retorna à temida prisão vertical, onde duas pessoas por nível lutam pela sobrevivência a partir de uma plataforma de comida que desce pelos andares. Dessa vez, uma figura misteriosa aparece para impor novas regras nesse ambiente caótico, desafiando os residentes a repensar a justiça e a ordem nesse cenário brutal. Mas será que tais regras podem ser cumpridas? A sequência se propõe a continuar o terror psicológico e a ficção científica do original, trazendo à tona questões sociais e éticas sobre a natureza humana em condições extremas.

Assim como o primeiro filme, O Poço 2 mantém a mesma estrutura e tenta explorar debates “profundos” sobre solidariedade, desigualdade e o lado sombrio da humanidade. No entanto, assim como no anterior, esses debates se mostram tão superficiais quanto um pires, falhando em criar a profundidade filosófica que o filme tenta vender.

O filme é protagonizado por Milena Smit, que não consegue cativar o público da mesma forma que o protagonista do primeiro filme (que já não era tão carismático assim). Sua performance e a dinâmica com sua dupla parecem um grande repeteco do filme original, mas sem o impacto ou a tensão que fez o primeiro chamar atenção.

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Se há um aspecto que continua competente, é o design de produção. A estrutura do poço, com sua estética claustrofóbica e a paleta de cores sombria, ainda funciona para criar o clima opressor e desconfortável que o filme busca. No entanto, mesmo esse mérito não é o suficiente para salvar o filme de sua própria mediocridade.

No fim, O Poço 2 não passa de mais um filme desnecessário da Netflix, que tenta expandir a mitologia do original com novas “regras” e um final surpresa e mesmo sendo mais violento e brutal acaba falhando em trazer algo realmente inovador. O resultado é um filme “nhé” que, assim como a plataforma de comida, desce cada vez mais em termos de qualidade.

Nota: 4/10

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