Uma visão mais sombria da Garota de Aço
Chegamos à terceira temporada de Supergirl e, admito, mesmo com as costumeiras falhas, essa temporada conseguiu ter seu brilho, apesar de faltar coragem em alguns momentos. Mas será que esse toque será o suficiente? Vamos descobrir.
Sinopse: Para evitar lidar com uma perda dolorosa, Kara (Melissa Benoist) decide se focar em sua missão como Supergirl e enfrenta uma nova e estranha ameaça contra National City. Enquanto isso, J’onn (David Harewood) descobre uma informação importante sobre seu pai.
A temporada começa de maneira interessante, com o desenrolar do final da segunda temporada e a revelação do paradeiro de Mon-El. No entanto, rapidamente a trama cai na repetição.
Algo que preciso reiterar é que Melissa Benoist, com um roteiro melhor e efeitos mais sofisticados, poderia ser uma Kara incrível. Aqui, ela consegue transmitir a complexidade necessária no início da temporada, e sua química com o restante do elenco, como Katie McGrath, Chyler Leigh, David Harewood e Chris Wood, é simplesmente fantástica. O elenco, como um todo, está claramente comprometido com a série.
A série também ganha um nível extra de profundidade com a introdução do pai de J’onn e da Legião, trazendo uma nova dinâmica à temporada. Apesar do triângulo amoroso entre Kara, Saturn Girl e Mon-El ser cansativo, a equipe da Legião ainda é interessante, principalmente devido à interação entre Brainiac 5 e Winn, algo que realmente gostei, assim como um Plot Twist que temos com a Kara e seus pais, mas ao mesmo tempo perde um pouco do peso que a Kara tanto carrega e é demonstrado nos flashback.
A vilã desta temporada, Reign, finalmente é uma antagonista original da Supergirl. Reign é ameaçadora, e apesar de participar de uma das lutas mais toscas do Arrowverse, ela impõe medo e representa um desafio à altura da heroína. Em muitos momentos, Supergirl não consegue superá-la. Mesmo com a chegada de outras vilãs, como as Destruidoras de Mundos, Reign, interpretada por Odette Annable, continua sendo a mais intrigante.
No final, a terceira temporada de Supergirl tem pontos fortes, como a já mencionada relação entre Samantha e sua filha Ruby, ou a trama de Alex e Maggie, com Alex desejando ser mãe. No entanto, há pontos fracos, como o casal sem química formado por Jimmy Olsen e Lena Luthor. Ambos os personagens parecem perdidos nesta temporada e poderiam ter menos tempo de tela. Apesar disso, mais para frente, Lena tem um bom embate com Supergirl, devido a Reign e a Samantha. No geral, a temporada consegue entregar o necessário.
Nota: 5/10