Ti West acertou no encerramento da trilogia?

Quando vi os trailers de “MaXXXine (2024)”, fiquei muito satisfeito por eles terem entregado o básico da estória, sem revelar muitos detalhes de qual seria a ameaça (hoje em dia é raro quando isso acontece). Mas agora que eu já assisti ao filme, entendi que eles não entregaram tudo antes, porque não tinha muito o que entregar. Narrativamente falando, é tudo muito previsível. Me pareceu mais um filme de crime investigativo do que um filme de terror (o que não seria um problema, caso fosse bem feito), embora tenham algumas homenagens pontuais ao gênero, achei que faltou mais presença dele. Pra não dizer que não teve, tem um pouco de gore propositalmente falso, que remete muito aos giallos (subgenêro do terror popularizado nos anos 70 e 80 e que envolve investigação e mortes mirabolantes), até pelo visual do assassino. E, no fim das contas, essas são as cenas mais marcantes, pena que boa parte das mortes são offscreen (fora da tela), o que perde muito do impacto.

A revelação do final não tem nada muito surpreendente e, pra piorar, todo o desfecho mantém o mesmo nível. O confronto final tem até um tom beirando ao caricato, que destoa muito dos atos anteriores. Infelizmente, esse terceiro filme é um passatempo mediano, que tinha tudo pra ser tão bom quanto seus anteriores, mas opta por seguir o caminho mais sem graça possível. Vale conferir pelos atores, a direção de arte (que traz toda a estética estilizada dos anos 80, até mesmo na montagem), a fotografia, a trilha sonora e pela direção do Ti West, que continua mandando muito bem.

Veja Também:  Critica: Cinquenta Tons de Cinza

By Luiz Felipe

Olá, me chamo Luiz Felipe. Sou estudante de produção audiovisual e sempre acompanhei a sétima arte desde muito novo. Estarei usando esse espaço para compartilhar minhas opiniões sobre os filmes que assisti.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Wordpress Social Share Plugin powered by Ultimatelysocial