Profano. Nojento. Arrepiante. Perturbador

Estas são algumas das palavras que poderiam definir o que foi assistir a Alien: Romulus na telona

Fruto da mente igualmente perturbada de um dos gênios do cinema de horror, Fede Alvarez, o novo capítulo da franquia vinha carregando uma grande expectativa muito bem construída graças aos trailers e materiais promocionais que realmente prometiam um filme digno do Xenomorfo

E tendo finalmente estreado, agora os fãs (seja da velha ou da nova guarda) podem respirar tranquilos pois a missão foi entregue com sucesso! O Alien finalmente retornou aos cinemas entregando todo o gore grotesco e traumatizante que há tempos precisava. 

Se afastando completamente do emaranhado no qual Ridley Scott enfiou essa saga, no caso envolvendo o Xenomorfo com os Engenheiros e a criação da humanidade (tópicos apresentados no polêmico Prometheus), Alvarez decidiu reviver o que fez o primeiro filme ter sido tão épico lá em 1979. 

De volta aos limites de uma nave sufocante e cruelmente fria, um grupo de jovens astronautas precisa lutar pela própria sobrevivência contra uma criatura demoníaca e sedenta por sangue. 

E o diretor, que também assina o roteiro ao lado de Rodo Sayagues, conseguiu retornar às raízes da franquia, sem deixar de lado o que foi estabelecido nos filmes anteriores! Por mais que não dá continuidade direta aos eventos de Prometheus (2012) e Covenant (2017), Alvarez faz questão de incluir elementos deixados por estas produções.

Não satisfeito, o cineasta ainda recria os cenários mais emblemáticos e estéticas que foram exploradas pelos outros diretores que passaram pela quadrilogia original. É uma homenagem incrível que deixa qualquer fã com os olhos saltados de emoção. 

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Mas não só de referências e eastereggs Romulus se mantém firme, o longa ainda deixa sua marca e encontra seu próprio caminho; explorando novos conceitos e um final surpreedente! Ouso dizer até que este pode vir a ser o capítulo mais sangrento e insano de todos! 

Com claras inspirações no aclamado jogo Alien: Isolation (2014), a batalha pela vida em Romulus se torna algo de proporções de tirar o fôlego graças aos corredores apertados, a ameaça constante, e a morte à espreita a cada curva sinuosa.

A criatura protagonista volta a ser uma entidade assustadora que te assombra do nada quando menos se está esperando! E pode ter certeza, os jumpscares estão a mil aqui. Você vai ficar tenso e na ponta dos pés a todo instante, esperando o ataque ou a próxima morte brutal e sem piedade

Além do Xenomorfo, o grupo de guerreiros astronautas também não falha desta vez, e como não é visto há muito tempo, temos aqui personagens carismáticos que nos fazem torcer por eles

Com destaque para Isabela Merced, que conseguiu exprimir terror ininterrupto do ínicio ao fim, David Jonsson no papel impecável do sintético volúvel Andy, e a atriz Cailee Spaeny como a heroína Rain Carradine, o filme se tornar uma experiência ainda mais gratificante

E aqui preciso fazer uma nota especial a Spaeny, que merecidamente está testemunhando sua ascensão como atriz em Hollywood desde suas atuações primorosas em Priscilla (2023) e Guerra Civil (2024). Ela faz jus ao legado de Sigourney Weaver deixando sua marca com uma atuação que ressalta entre tantas qualidades: coragem, inteligência e perseverança

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Não tem como não se empolgar com a personagem de Spaeny, que poderia muito bem servir como o novo rosto em destaque da franquia, que há tempos necessita de uma protagonista forte o bastante para enfrentar a crueldade que aguarda nas profundezas inóspitas do espaço. 

Alien: Romulus prova que o terror espacial ainda tem muito fôlego, que é possível ser profanamente diabólico e amedrontador mesmo num plot tão simples e contido, o que fez justamente o Oitavo Passageiro se tornar o clássico atemporal instantâneo desde o seu lançamento.

Estando tão presente na cultura pop há mais de 40 anos, mesmo passando por altos e baixos, a saga Alien continua a ser fascinante e chocante, e com certeza ainda tem muito o que nos terrificar ainda, se sempre nos lembrarmos de que no espaço, ninguém vai nos ouvir gritar.

By Rafael Coutinho

Geek, colecionador de board games e cinéfilo apaixonado pelo mundo da comunicação. Gosta de escrever fanfics nas horas vagas, ler livros de terror e ficção científica, curtindo ao som de Gorillaz. Estiloso, sempre buscando looks inspiradores, gosta de praticar esportes, promover festas e estar rodeado pelos amigos.

One thought on “Alien: Romulus, o novo clássico contemporâneo do terror espacial ”
  1. Concordo com vc, Rafael!!! Sou fã de carteirinha da saga Alien e realmente esse filme faz justiça ao xenomorfo mais incrível de todos os tempos!!! A propósito, seu texto é belissimamente escrito!! Parabéns pelo seu talento!!!!!

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