As múmias no cinema

Três filmes sobre múmias, mais um de bônus para você que curte esse ícone – politicamente incorreto – egípcio do cinema internacional: as múmias do Egito Antigo.

Como diria a Xuxa: “Tumba la catumba Tumba la catumba Tumba tá

Muitas múmias

Filmes sobre múmias não são uma novidade para ninguém, tendo seu primeiro exemplar feito em 1932, há quase 100 anos. No entanto, de lá para cá, alguns filmes bem divertidos foram lançados. Você sabe quais são os mais interessantes?

Portanto, se liga nessa listinha bem enxuta, com três ótimas dicas para você poder curtir um bom filme de múmia. No geral, abrangendo o gênero de ação, terror ou aventura – às vezes até os três juntos.

Um precursor das múmias no cinema – A Múmia (1932)

Poster do clássico “The Mummy” de 1932 (Foto: reprodução/ Pinterest)

A primeira Múmia a ganhar vida e sair por aí em busca de vingança – e de seu amor – foi interpretada pelo lendário Boris Karloff. 

O longa – não tão longo assim, com apenas 79 minutos – foi dirigido por Karl Freund e estreou nos Estados Unidos em 1932. Somente um ano depois, estreou aqui em terras brasileiras.

A trama, do filme de terror e aventura, acompanha Imhotep, um sacerdote egípcio ressuscitado em 1921, após arqueólogos encontrarem sua tumba e recitarem palavras mágicas de um livro milenar que acompanhava a múmia no local.

Anos depois, agora sob a alcunha de “Adarth Bey”, um anagrama para “Death by Ra”, ou “morte por Rá”, em português, encontra a tumba de seu antigo amor, Anck-Su-Namun, por quem morreu há 3.7000 anos. Entretanto, algo dá errado e o resto é, literalmente, história.

“The Mummy”, título original, não é apenas o primeiro filme de múmia a ser feito na história, como também é a base para várias releituras futuras.

Uma, boa, história de amor entre múmias – Um Amor de Múmia (1997)

“Um Amor de Múmia”, de 1997 ou no original “Under Wraps” (Foto: reprodução/ Pinterest)

Para fugir do padrão de terror – e dos títulos repetidos – aqui você pode acompanhar uma comédia infantil bem divertida e bobinha da década de 90.

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Lembro de assistir a esse filme na televisão durante as tardes, vezes na Globo, vezes no SBT. Tem um sabor de nostalgia e diversão simplista de quando se é criança“, comentário do autor.

Portanto, não espere algo surpreendente, fora da curva ou aterrorizante. É um filme de criança, engraçado, datado e totalmente não-historicamente acurado, além de beber da fonte, contestável, da egiptomania que ronda o ocidente.

A trama acompanha algumas crianças enxeridas que invadem a casa de um vizinho recém-falecido e, por uma conjunção do acaso, encontram uma múmia e a fazem acordar de um sono pós-mortem de 3.000 anos.

No entanto, após o susto inicial, descobrem que Harold – nome dado pelas crianças – precisa ser colocado de volta em seu sarcófago antes de final do Halloweem. Caso contrário, não poderá reencontrar sua amada.

Como já foi dito, é um filme bobo e engraçadinho. Vale a pena ver para ter um gostinho de nostalgia dos anos 90.

Uma releitura com de vingança – A Múmia (1959)

Estrelado por Christopher Lee, a releitura de “The Mummy” de 1959 é um dos maiores clássicos da temática (Foto: reprodução/ Pinterest)

Outro clássico, dessa vez estrelado por Sir Christopher Lee, como a Múmia Kharis, lançado em 1959 durante um revival de filmes de “monstros” filmados durante os anos 20 e 30, é, “The Mummy”. Ou “A Múmia de Ananka”, como foi nomeado no Brasil.

A trama é similar a de sua inspiração de 1932, contudo, o componente da “ação” e “terror” são mais presentes, deixando a “aventura” de lado.

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Arqueólogos ingleses, no final do século XIX, partem para o Egito em busca de artefatos e encontram a tumba da princesa egípcia Ananka, lacrada há 4 mil anos. Enquanto avaliam seu interior, recitam as palavras do chamado “Pergaminho da Vida” e ressuscitam, sem querer, o guardão da tumba e da princesa, Kharis.

Anos depois, Kharis, que foi ajudado por todo esse tempo por Mehemet Bey, chega até a Inglaterra para se vingar dos “infiéis” pela profanação da tumba de Ananka.

Bônus: um protagonista bonitão – A Múmia (1999)

Poster do clássico moderno “The Mummy”, de 1999, supostamente um filme responsável por muitos bissexuais se descobrirem (foto: reprodução/ Paul Mann)

Mais uma vez, um título incrivelmente criativo e que nunca foi pensado para nomear um grande filme sobre múmias que voltam a vida. Em “A Múmia” de 1999, no entanto, acompanhamos vários personagens icônicos em meio a uma trama de ação, aventura e terror.

Todos conhecem essa obra-prima, que deu origem a outros filmes numa franquia, portanto, a sinopse pode ser bem simples.

Durante a década de 1920, uma arqueóloga bonitona (Rachel Weisz), junto de seu irmão trambiqueiro (John Hannah), juntam-se com o aventureiro bonitão (Brendan Fraser) para encontrar um tesouro perdido de milhares de anos em Hamunaptra.

No entanto, ao encontrarem a tumba de Imhotep (Arnold Vosloo), inadvertidamente lêem o feitiço do Livro da Morte, trazendo a múmia de volta à vida.

A múmia está em busca de reviver sua amada, Anck-Su-Namun (Patricia Velasquez), morta há mais de 3 mil anos, após matarem o faraó Seti I e serem mortos e amaldiçoados em seguida.

O trio e novos amigos partem, então, em uma luta contra o tempo para impedir que os planos de Imhotep, que vão muito além de trazer sua amante de volta, se concretizem.

O filme é um clássico moderno. Divertido – muito divertido – com cenas incríveis para a época e uma história com muitos detalhes interessantes. Se você nunca viu, está perdendo seu tempo, pois deveria estar assistindo agora!

Foto destaque: Ilustração de Boris Karloff, como A Múmia, de 1932 (Reprodução: Deviant Art/ Mark Welser)

By Rodrigo Carvalho

Redator, bacharel em Comunicação, menos leitor, mais escritor. Assistir filmes e escrever sobre eles é um hobby com gostinho de paixão.

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